terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Bosques da Noruega

História

encantado das florestas escandinavas. Os Vikings chamavam-lhe “Fada da floresta”, uma vez que o gato se desenvolveu naturalmente em territórios próximos dos humanos. A silhueta do Bosques da Noruega tornou-se familiar aos habitantes do seu país ao vaguear pelas florestas e campos rurais em busca das sua pequenas presas. Calcula-se que estes dóceis felinos, já vivam nas florestas norueguesas desde 1000 a.C.
Pensa-se que esta raça descenda do Angorá Turco, levado para a Escandinávia por marinheiros Vikings. Isto porque as cores da pelagem os gatos noruegueses partilham a mesma cor da pelagem com os gatos turcos, padrões raros no resto da Europa. O gato teve de se adaptar ao rude clima das Florestas Norueguesas. O frio, a chuva, a neve e o granizo, obrigou o grande felino a resguardar-se com uma pelagem impermeável e quase estanque. O seu corpo fortaleceu-se e tornou-se num imponente gato de pêlo semi-longo.
Foi na década de 30 do século XX, que o Bosques da Noruega começou a ser valorizado no seu país de origem. Até meados do século XX foi mantido dentro das fronteiras norueguesas pelo que era desconhecido nos restantes países. Na década de 70 do mesmo século, começou a aparecer nas feiras e exposições felinas onde hoje já conquistou um lugar de destaque. Foi reconhecido em 1977 pela FIFé.

Temperamento

Dócil e tolerante, o Bosques da Noruega é calmo e de humor estável. Gosta de ser acariciado e mimado. Aprecia a companhia de outros animais tornando-se por vezes companheiro inseparável do cão da família.
É um bom trepador e adora mostrar a sua supremacia. Dotado de uma inteligência e de uma curiosidade fora do comum, segue furtivamente os donos, investigando todas as suas actividades com o maior interesse. Bastante territorial e desconfiado em relação a estranhos, as visitas são alvo de uma minuciosa inspecção.
Aventureiro e brincalhão o Gato Bosques da Noruega é um animal activo, que gosta de passear no exterior. Há mesmo quem afirme que o gato é capaz de pescar. É bastante territorial.
Tem um amadurecimento lento e alguns podem só atingir a idade adulta aos 4 anos.

Descrição

O corpo do Bosques da Noruega deve ser grande, forte e musculoso, alongado e com uma sólida ossatura. Os machos podem atingir os 7 kg e as fêmeas 5 kg.
A cabeça, vista de frente, deve formar um triângulo equilátero. Da cabeça destaca-se o longo nariz coberto com pêlo da mesma cor do restante corpo. As orelhas são grandes com pontas "afiadas". São largas na base, estão implantadas no cimo da cabeça prolongando a linha do crânio, têm tufos de lince nas pontas e tufos de pêlo mais comprido no interior encaracolando-se ligeiramente para trás. Os olhos são ovais e podem ser encontrados em todas as cores, dependendo da pelagem. O perfil alongado, deve manter-se rectilíneo e sem stop até um pouco acima das sobrancelhas. O queixo é forte mas não pronunciado.
Alto de patas, deve ter as pernas posteriores mais altas que as anteriores. Tanto as pernas como as patas são bastante grossas denotando uma adaptação natural às agrestes condições climatéricas do seu país natal. Aliás, todo o corpo é bastante robusto. A cauda longa e tufada, deve chegar pelo menos à base do pescoço.
No Bosques da Noruega são aceites todas as cores que podemos observar nos gatos rafeiros. Têm uma pelagem dupla que é à prova de água e o protege do frio do Inverno. O sub-pêlo lanoso é recoberto por uma pelagem impermeável. Este manto lustroso cobre o dorso e os flancos.

Saúde

Sendo um gato que se desenvolveu sozinho, o Bosques da Noruega é uma raça bastante saudável. Contudo a raça é afectada também pelos problemas presentes em quase todas as raças de gatos: a Cardiomiopatia hipertrófica e a Doença Policística Renal.
A Doença de Depósito de Glicogénio Tipo IV parece contudo ser específica desta raça. Ambos os progenitores têm de passar o gene causador desta doença às crias.

Higiene

A pelagem média do Bosques da Noruega necessita de alguma manutenção. O pêlo não é propício à criação de riças, mas pode formá-las se não for cuidado. Escovagens frequentes são até apreciadas pelo gato, se estas forem feitas sem magoar o animal.
O Bosques da Noruega muda de pêlo uma vez por ano. Devido à dupla camada, larga bastantes pêlo.
Esta raça pode necessitar de banhos frequentes para eliminar a oleosidade da pele. A oleosidade protege a pele e torna a pelagem resistente à água, o objectivo não deve ser eliminá-la mas apenas diminuí-la quando em excesso.


Fonte: Arca de Noé

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