quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Somali - Um gato quase selvagem

História

O Somali pode ser visto como um Abissínio de pêlo longo, originado de um inesperada introdução de um gene recessivo de um gato Abissínio. O que continua a ser um mistério, é como o gene foi introduzido nesse gato. Depois da 2ª Guerra Mundial, dizia-se que havia apenas uma dúzia de exemplares de gatos Abissínios, e as ninhadas destes gatos (muitas de origem e procedência desconhecida) foram cruzadas com gatos de Inglaterra e de outras regiões.
Esta mistura de “ingredientes desconhecidos” pode explicar em parte a introdução do gene de pêlo longo nos Abissínios. Se um animal tiver o gene de pêlo curto como dominante, só irão nascer filhotes de pêlo curto, a única excepção é feita quando os dois animais cruzados tiverem o gene de pelo longo como dominante; neste caso, a cria pode ser de pêlo longo ou pêlo curto.
O primeiro caso de Abissínios com o pêlo longo aconteceu com animais canadianos, americanos, australianos e neozelandeses. Estes primeiros Somalis “primitivos” a princípio foram totalmente discriminados pelos seus criadores, que tinham vergonha de mostrarem as crias de pêlo longo. A situação só mudou quando alguns criadores pensaram em aperfeiçoar a nova linhagem de Abissínios de pêlo longo até poderem ser considerados uma nova raça, os Somalis.
Evelyn Mague foi uma das pioneiras na criação de Abissínios de pêlo longo nos Estados Unidos, o que a transformou também numa das precursoras da criação de Somalis. Foi Evelyn quem baptizou a raça com o nome de Somali, já que a Somália é um país vizinho da antiga Abissínia.
Ate serem aceites na Cat’s Fanciers Association (CFA), em 1979, os criadores de Somalis foram criticados e ridicularizados em exposições e por outros criadores já que todos achavam que os gatos não passavam de uma anomalia genética e nunca poderia ser considerado uma raça. Hoje em dia, a raça está difundida em quase todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e na Austrália, mas também na Europa e no Japão.

Temperamento

Os gatos Somali são animais inteligentes, muito ágeis e com muito vigor, brincalhões, amigos, bem humorados e extremamente sociáveis, apesar de não serem tão extrovertidos como os Abissínios. Os Somalis não gostam de passar muito tempo dentro de casa, mas quando estão em contacto com a família, comunicam-se muito bem com as pessoas, fazendo-o de uma forma muito suave e agradável.
Tem rompantes de energia, gostando de brincar com bolas e brinquedos e saltar como um macaco. Algumas vezes seguram brinquedos ou a própria comida como se fossem um macaquinho. Alguns animais têm a capacidade de abrir torneiras, tudo com o intuito de brincar com a água, uma das suas distracções favoritas.

Descrição

O Somali tem um corpo médio, elegante, com bom desenvolvimento muscular, com boas proporções, sendo um pouco maior em tamanho do que o Abissínio e com ossos mais largos do que o Siamês. A cabeça é moderada, cuneiforme, com um nariz médio de cor rosada e um queixo arredondado; orelhas grandes, com tufos, afastadas e pontiagudas, parecendo estarem sempre alerta; olhos grandes e expressivos cor de avelã, âmbar ou verdes, com pálpebras escuras, dando a impressão de usar “óculos” que rodeiam seus olhos amendoados. A cauda do Somali é comprida, grossa na base, afunilada e bastante peluda, com forma de escova, parecendo uma raposa. Os animais desta raça tem pernas compridas e esguias, proporcionais ao corpo, com mãos pequenas e ovais, com almofadas rosadas e tufos entre os dedos.

Tipo de pêlo

Os Somali têm um pêlo médio, relativamente longo, mas curto nos ombros; sedoso, com uma textura fina, suave ao toque e quanto mais denso for o pêlo, melhor. O subpêlo deve ser claro com malhas cor de chocolate para produzir um efeito de prata com tons de pêssego.

Variantes

Ruddy ou Vulgar(manto castanho dourado com malhas castanho escuras ou pretas); Sorrel ou Ruivo (manto mais acobreado com malhas cor de chocolate); e o Sorrel Prateado (manto cor de canela e o subpêlo de cor mais suave).


Fonte: Arca de Noé

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